Defesa quer provar que morte de tesoureiro do PT

September 27,2024 Post By: Werbevan Castro


A defesa de Jorge Guaranho vai tentar desqualificar a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-MP) e pretende provar que o crime cometido por ele contra Marcelo Arruda em 2022 não teve conotação política. Guaranho terá pela frente o tribunal do júri, sob a acusação de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por se considerar perigo comum, já que os disparos foram efetuados em local onde estavam diversas outras pessoas. O julgamento começa na próxima quinta-feira (4) em Foz do Iguaçu.

Conforme narra a denúncia do MPPR, Arruda foi assassinado na noite de 9 de julho, enquanto comemorava o aniversário dele na Associação dos Empregados da Itaipu Binacional Brasil. A festa de aniversário tinha decoração temática alusiva ao PT e ao então pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva. Ao ter acesso às imagens da festa registradas pelas câmeras de segurança da Associação, Guarunho foi até o local da festa de aniversário com o som do carro reproduzindo músicas alusivas ao então presidente Jair Bolsonaro(PL).

“Inconformado com a explícita apologia ao principal adversário (Lula) do pré-candidato de sua preferência (Bolsonaro) Guaranho, da janela do seu veículo, deu causa ao que seria o início do enredo macabro, provocando indistintamente todos os convivas (que não conhecia) com expressões que denegriam o opositor (‘Lula ladrão’, ‘PT lixo’) e exaltavam o de sua preferência (‘Bolsonaro Mito’, “aqui é Bolsonaro’)”, relata o Ministério Público.

Em uma entrevista coletiva concedida na manhã desta terça-feira (2), advogados que formam a banca de defesa de Guaranho afirmaram que há provas de que o assassinato de Arruda, ex-tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, não foi motivado por posições políticas antagônicas.

“Nós vamos trabalhar com a verdade dos fatos, com o que foi angariado durante o processo. Sem narrativas, sem influências externas. Vamos trabalhar com os documentos que temos, laudos periciais, testemunhas, vídeos. O crime ocorreu após uma discussão banal, e tentaram dar um aspecto de extremista ao Jorge Guaranho, o que ele não é. Esta conotação política não está configurada nos autos”, afirmou o advogado Samir Mattar Assad.

O defensor confirmou a existência de laudos da Polícia Científica que comprovam que quando voltou ao local do crime, Guaranho estava ouvindo músicas alusivas ao então presidente da República Jair Bolsonaro (PL). “Existe sim esse laudo. Mas nós vamos poder demonstrar a dinâmica dos fatos com a ajuda de vídeos que deixam muito claro como tudo ocorreu. Uma discussão banal que acabou em tragédia para as duas famílias”, disse Assad.

Defesa não antecipou tese a ser apresentada durante o júri popular

Sem antecipar a tese defensiva a ser apresentada aos jurados, o advogado confirmou que, a seu ver, “não existem os elementos caracterizadores da futilidade e do perigo comum”. Para o defensor, Guaranho, a esposa e o filho foram agredidos “de forma violenta” pelo ex-tesoureiro do PT. O advogado confirmou que o ex-agente penal federal estava armado, assim como Arruda, e que o retorno dele ao salão de festas foi motivado por “uma situação extrema”.

“A partir do momento em que há um ato agressivo, violento, por parte do Marcelo após uma discussão banal, está descontextualizada toda a conotação política do caso”, completou Assad.

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/parana/defesa-quer-provar-que-morte-de-tesoureiro-do-pt-em-foz-do-iguacu-nao-foi-provocada-por-discussao-politica/ 

 




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